Bridgerton: série bate 82 milhões de residências e entra no Top 10 do Netflix

Jinny Howe, é Vice-presidente de séries originais Netflix, e derreteu-se ao falar do sucesso da série que retrata Londres de 1813

BRIDGERTON GOLDA ROSHEUVEL as QUEEN CHARLOTTE in episode 105 of BRIDGERTON Cr. LIAM DANIEL/NETFLIX © 2020

Durante o processo seletivo para trabalhar na Netflix, uma das perguntas que me fizeram foi: “Se você pudesse criar uma série, como ela seria e por quê?” Eu disse a verdade, que vivemos em uma época de cultura pop, dominada pela ficção científica e pela fantasia, mas que sempre preferi um bom romance água com açúcar. Essa sinceridade deu resultado, mas nunca imaginei que meu primeiro projeto na Netflix seria Bridgerton.

É surreal ver todo o entusiasmo que os produtores da série, incluindo a inigualável Shonda Rhimes, o showrunner Chris Van Dusen e a produtora executiva Betsy Beers, conseguiram criar (por exemplo, o musical no TikTok!). Então, comunicar que Bridgerton é a série mais vista na Netflix é a realização de um sonho.

Um número recorde de 82 milhões de residências no mundo todo decidiram assistir a Bridgerton nos primeiros 28 dias após a estreia. Isso equivale à população da Alemanha ou da Turquia. A série entrou no Top 10 em todos os países, exceto no Japão, e chegou ao número um em 83 deles, como Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, França, Índia e África do Sul. Além disso, o sucesso de Bridgerton fez os livros entrarem pela primeira vez na lista de best-sellers do The New York Times, 18 anos depois da publicação.

Aprendi várias lições ao longo do caminho, mas estas foram as três mais importantes:

Todos os tipos de público adoram romance

Os livros de romance sempre vendem muito bem, mas essas histórias não costumam chegar às telas. No entanto, a relação incerta entre Daphne e Simon combinada com o vestuário e a ambientação de época criaram um mundo sonhado para pessoas de todas as idades e com todo tipo de experiência. Bridgerton mostra que as histórias românticas também podem ser inteligentes, dinâmicas, inovadoras e universais.

Vale a pena ter coragem de assumir “riscos” criativos

Assim como O Gambito da Rainha, Bridgerton desafia a tradição e demonstra que as histórias de época não limitam o conteúdo e o público. A série é um retrato fictício de Londres em 1813. O Período Regencial reimaginado por Chris Van Dusen e pela Shondaland não é fiel à história. A ideia foi deixar tudo mais luxuoso, sexy e divertido do que nas séries de época tradicionais. Isso pegou nossos assinantes de surpresa e deu muito certo.

Mais pessoas querem se sentir representadas no conteúdo

Os fãs da Shondaland já esperam diversidade em todas as séries da produtora. Bridgerton aproveita um fato histórico sobre a ascendência da Rainha Charlotte para reimaginá-la como uma monarca negra que usa seu poder para impulsionar mudanças na sociedade britânica. O empoderamento das pessoas não brancas e das mulheres deu um toque de abertura e modernidade a Bridgerton, gerando identificação com o público no mundo todo. Assim como O Gambito da Rainha e Emily em Paris, duas séries da Netflix que também fizeram muito sucesso, Bridgerton explora temas universais, mas fala diretamente com o público feminino, pois as protagonistas são mulheres independentes.

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